Aug∴ Resp∴ Loj∴ Maç∴
José Bonifácio 2793
Fundada em 7 de setembro de 1993
  
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Suscinta Biografia de José Bonifácio de Andrada e Silva

Por João Nery Guimarães



      José Bonifácio de Andrada e Silva, natural da cidade de Santos, é uma das glórias da Maçonaria Brasileira, na qual militou e onde foi por duas vezes, Grão-Mestre (1821-1822 e 1831-1838). Bacharelando-se em filosofia e direito, em Coimbra (1786), com a reputação de primeiro aluno, em 1790 partiu para longa peregrinação científica pelos países da Europa, percorrendo a França, Países Baixos, Alemanha, Suécia, Noruega, Escandinávia, Boemia, Hungria, Itália, onde privou com vultos de realce nas ciências e nas letras, notadamente Lavoisier, Werner, Jussieu e Volta. Membro da Academia Real de Ciências de Lisboa, foi distinguido pelas principais sociedades científicas do seu tempo, com as quais se correspondia, escrevendo memórias sobre mineração. Voltando a Portugal em 1800, foi nomeado Intendente Geral de Minas e Desembargador Honorário da Relação do Porto, dando-se-lhe em Coimbra, para reger, a cátedra de metalurgia.

      Durante a invasão napoleônica em Portugal, pegou em armas comandando o famoso batalhão acadêmico onde conquistou fama de bravura. Expulsos os franceses, foi nomeado Intendente da Polícia do Porto, cargo que exerceu com rara habilidade. Voltando aos estudos, dedicou-se até 1819 a trabalhos de ordem científica que deram grande impulso à Academia de Ciências de Lisboa, da qual foi eleito Secretário Perpétuo.

      Voltando ao Brasil, depois de tantos anos, José Bonifácio aliou-se àqueles que desejavam a independência do Brasil, desenvolvendo, junto com seu irmão Martim Francisco, um movimento na capitania de São Paulo para que se acompanhasse o movimento constitucional do Porto. Entra em contato com o grupo libertador do Rio de Janeiro, a após a data histórica do “Fico”, é nomeado pelo Príncipe D. Pedro, Ministro do Interior e Estrangeiros. “Desde então - diz Taunay – é José Bonifácio quem guia a política brasileira como mentor, cheio de prudência, patriotismo, descortino e lealdade, ao Príncipe Regente, personalidade ingovernável, a quem sabe tratar com prodigiosa habilidade e força persuasiva”.

      Juntamente com Joaquim Gonçalves Ledo, do qual divergia quanto às ideias republicanas, pois era monarquista, José Bonifácio conduz o movimento da independência, consertando os planos dentro das Lojas Maçônicas, e executando-os perante a Nação, com o concurso de grandes Maçons, cujos nomes inscrevem brilhantemente na história da Pátria. Eleito Grão-Mestre da Maçonaria, em 28 de maio de 1822, juntamente com Ledo, que foi eleito 1º Vigilante, funda logo depois o “Apostolado”, com frisantes características maçônicas e cuja influência até hoje não foi devidamente avaliada pelos estudiosos.

      Proclamada a Independência do Brasil, a 7 de setembro, assume o lugar de Primeiro Ministro. Lutando com Ledo, Januário, Nóbrega e José Clemente, o Patriarca da Independência toma medidas enérgicas para consolidar o novo Império, sendo sua a eficiente ideia de entregar-se a Lord Cochrane o comando da marinha Brasileira, que manteve inviolável as nossas águas. Caindo do Ministério a 16 de julho de 1823, José Bonifácio, com seus irmãos Martim Francisco e Antonio Carlos, fundam o “Tamoyo”, jornal de combate ao governo, que encerra violenta luta. Presos, finalmente são exilados os Andradas, e escapam de cair nas mãos dos portugueses, graças à proteção do cônsul inglês da cidade espanhola de Vigo e do embaixador inglês em Madri, que lhes permite a ida a França, onde ficam durante seis anos em Bordéus.

      Regressando ao Brasil, quando os ânimos já haviam serenado, recebe grandes homenagens e a maior de todas, que foi o título de tutor dos filhos de D. Pedro I, que abdicava do trono do Brasil. Durante as lutas da Regência, José Bonifácio filia-se ao partido “Caramuru” que defendia a ideia restauradora da volta de D. Pedro I. Isso lhe vale novo processo, como réu de traição à pátria, acusação de que finalmente é absolvido.

      Com 75 anos de idade, cansado de tantas lutas, fecha os olhos para o mundo, na cidade de Niterói, onde viveu seus dias em regime de pobreza e simplicidade, dignas de um Maçom que tinha tão altas qualidades de inteligência, energia a amor à Pátria, que libertou e engrandeceu.

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